10 jan As Tendências educacionais para 2023
Com o novo ano letivo, algumas metodologias deverão ganhar mais espaço no processo de aprendizagem.
Final de ano é uma época apropriada para se fazer balanços do que passou e relembrar experiências. Mas mais do que isso: é um bom momento para se informar sobre tendências, e mais especificamente, as tendências educacionais.
Para 2023, algumas tendências educacionais já se colocam em posição de destaque.
Uma delas é o ensino híbrido, que ganhou espaço durante a pandemia da covid-19 e continua em alta, mesmo após o término das medidas de isolamento social.
As metodologias combinam a flexibilidade da inovação tecnológica e a troca de experiências dos encontros presenciais. Com isso, estimula autonomia e gera mais engajamento dos alunos.
Tecnologia a serviço da educação
Com a tendência de concentrar uma quantidade cada vez maior de recursos pedagógicos, a inovação tecnológica aparece como elemento essencial para o desenvolvimento de dinâmicas atraentes. Lembrete: é preciso investir pesado na educação digital dos professores.
Neste cenário, o uso de tecnologias imersivas, como realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA), deverá ser intensificado no processo de aprendizagem.
O mesmo vale para inteligência artificial (IA), aplicada não apenas à abordagem didática dos professores em aula, mas também à comunicação das instituições de ensino com as famílias dos estudantes e a comunidade escolar por meio do uso de chatbots dotados de características humanas.
Mesmo tendências já bastante conhecidas, como metodologias ativas, deverão estar mais presentes com o avanço da tecnologia.
O termo “metodologia ativa” foi cunhado por Charles Bonwell e James Eison, no livro Active Learning: Creating Excitement in the Classroom, em 1991. Esses modelos buscam estimular a autonomia dos estudantes, ajudando a colocá-los no centro da aprendizagem.
Conteúdos em doses homeopáticas
Outras metodologias ganharão protagonismo, também. Uma delas é o microlearning, que consiste no ensinamento de conteúdos em doses homeopáticas através de sessões de aprendizagem (exemplo: videoaulas de pequena duração) num curto espaço de tempo.
A ideia desta tendência pedagógica é permitir que conhecimentos amplos e de maior complexidade possam ser ensinados de maneira fragmentada e menos cansativa. Ao separar conteúdos em pequenas unidades, o ensino fica mais interessante e também mais fácil de ser compreendido pelos estudantes. Uma metodologia de sucesso.
O conceito de microcertificações, que já é tendência no mercado, também deverá estar em alta em 2023. Como funciona? As instituições promovem cursos rápidos, com a finalidade de capacitar os alunos de maneira concisa em conhecimentos específicos para que possam atuar em determinadas atividades profissionais. A opção já vem sendo bastante aplicada em áreas como marketing e tecnologia.
Entre as vantagens do modelo, está a possibilidade de ampliar a empregabilidade do estudante, que ganha capacitação em habilidades específicas e, ao mesmo tempo, obtém diplomas de graduação ou pós valorizados pelo mercado.
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Valorização das atividades de extensão
A partir de 2023, por determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE), as instituições de ensino superior terão que destinar, no mínimo, 10% da carga horária total dos estudantes para atividades integradas à comunidade externa.
Isso inclui desde a prestação de serviços assistenciais até a elaboração de projetos e pareceres técnicos, bem como a organização de eventos científicos.
A regra será obrigatória para os novos alunos, o que não impedirá que os demais participem das iniciativas.