As Tendências educacionais para 2023

Com o novo ano letivo, algumas metodologias deverão ganhar mais espaço no processo de aprendizagem.

 

Final de ano é uma época apropriada para se fazer balanços do que passou e relembrar experiências. Mas mais do que isso: é um bom momento para se informar sobre tendências, e mais especificamente, as tendências educacionais.

Para 2023, algumas tendências educacionais já se colocam em posição de destaque.

Uma delas é o ensino híbrido, que ganhou espaço durante a pandemia da covid-19 e continua em alta, mesmo após o término das medidas de isolamento social. 

As metodologias combinam a flexibilidade da inovação tecnológica e a troca de experiências dos encontros presenciais. Com isso, estimula autonomia e gera mais engajamento dos alunos.

Tecnologia a serviço da educação

Com a tendência de concentrar uma quantidade cada vez maior de recursos pedagógicos, a inovação tecnológica aparece como elemento essencial para o desenvolvimento de dinâmicas atraentes. Lembrete: é preciso investir pesado na educação digital dos professores. 

Neste cenário, o uso de tecnologias imersivas, como realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA), deverá ser intensificado no processo de aprendizagem. 

O mesmo vale para inteligência artificial (IA), aplicada não apenas à abordagem didática dos professores em aula, mas também à comunicação das instituições de ensino com as famílias dos estudantes e a comunidade escolar por meio do uso de chatbots dotados de características humanas. 

Mesmo tendências já bastante conhecidas, como metodologias ativas, deverão estar mais presentes com o avanço da tecnologia. 

O termo “metodologia ativa” foi cunhado por Charles Bonwell e James Eison, no livro Active Learning: Creating Excitement in the Classroom, em 1991. Esses modelos buscam estimular a autonomia dos estudantes, ajudando a colocá-los no centro da aprendizagem. 

 

Conteúdos em doses homeopáticas

Outras metodologias ganharão protagonismo, também. Uma delas é o microlearning, que consiste no ensinamento de conteúdos em doses homeopáticas através de sessões de aprendizagem (exemplo: videoaulas de pequena duração) num curto espaço de tempo. 

A ideia desta tendência pedagógica é permitir que conhecimentos amplos e de maior complexidade possam ser ensinados de maneira fragmentada e menos cansativa. Ao separar conteúdos em pequenas unidades, o ensino fica mais interessante e também mais fácil de ser compreendido pelos estudantes. Uma metodologia de sucesso.

O conceito de microcertificações, que já é tendência no mercado, também deverá estar em alta em 2023. Como funciona? As instituições promovem cursos rápidos, com a finalidade de capacitar os alunos de maneira concisa em conhecimentos específicos para que possam atuar em determinadas atividades profissionais. A opção já vem sendo bastante aplicada em áreas como marketing e tecnologia. 

Entre as vantagens do modelo, está a possibilidade de ampliar a empregabilidade do estudante, que ganha capacitação em habilidades específicas e, ao mesmo tempo, obtém diplomas de graduação ou pós valorizados pelo mercado.

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Valorização das atividades de extensão 

A partir de 2023, por determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE), as instituições de ensino superior terão que destinar, no mínimo, 10% da carga horária total dos estudantes para atividades integradas à comunidade externa. 

Isso inclui desde a prestação de serviços assistenciais até a elaboração de projetos e pareceres técnicos, bem como a organização de eventos científicos. 

A regra será obrigatória para os novos alunos, o que não impedirá que os demais participem das iniciativas.