ChatGPT: o impacto da IA na produção de conteúdo didático

Oportunidade, desafio ou ameaça? A bem da verdade é que, até agora, ninguém sabe o que a inteligência artificial (IA) generativa vai significar para o setor educacional – nem mesmo o ChatGPT, o software que responde a perguntas sobre quase tudo, lançado no final de 2022.

Dito dessa forma, até parece um vinho velho em garrafa nova. Afinal, Google e Wikipedia respondem perguntas desde quando era tudo mato na internet. Mas que o leitor não se engane. Quando se trata de IA generativa, os conteúdos são diferentes. Em vez de uma lista de links ou de uma resposta padrão, a solicitação do usuário é respondida pela própria tecnologia com um conteúdo personalizado. E mais: como se fosse produzido por um humano.

Além de ter colocado poderes extraordinários nas mãos de qualquer pessoa com acesso à internet, a solução da OpenAI está transformando o fazer diário de muita gente, nas mais diversas áreas. Aqui, portanto, está a parte que interessa: o ChatGPT parece ser especialmente útil no que diz respeito à gestão e produção de material didático. Será mesmo?

A seguir, confira se a ferramenta pode levar o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido pelas instituições de ensino a um novo patamar de produtividade.

O que é a IA generativa

Antes de mais nada, cabe explicar o que de fato é a inteligência artificial generativa. O termo descreve uma categoria de algoritmos (como Dall-E, Midjourney e o famoso ChatGPT) que podem ser usados para produzir conteúdo original, incluindo áudio, vídeo, código, imagem e texto.

O grande salto da IA generativa em relação a outros modelos é que, diferente dos sistemas tradicionais, projetados para reconhecer padrões e fazer previsões, é possível criar algo totalmente novo. Daí o nome “generativa”.

Funciona assim: enquanto a IA discriminativa tenta responder a uma pergunta como “esta imagem é o desenho de um coelho ou de um leão?”, a IA generativa atende a pedidos como “desenhe uma imagem de um leão e um coelho sentado um ao lado do outro”.

Como resultado, o ChatGPT alcançou o posto de aplicativo com o crescimento mais rápido da história, de acordo com o banco suíço UBS. Em janeiro, apenas dois meses após seu lançamento, o software somava 100 milhões de usuários ativos mensais.

Só para você ter uma ideia, o TikTok levou nove meses para atingir esse número. Uma conta no Twitter com o nome de World of Statistics chegou a postar um ranking com o tempo que outras ferramentas de peso levaram para realizar o mesmo feito:

  • Telefone: 75 anos
  • Telefone móvel: 16 anos
  • Rede mundial de computadores: 7 anos
  • iTunes (Apple): 6,5 anos
  • Twitter: 5 anos
  • Facebook: 4,5 anos
  • WhatsApp: 3,5 anos
  • Instagram: 2,5 anos
  • App Store: 2 anos
  • ChatGPT: 2 meses

Embora o ChatGPT divida opiniões desde seu surgimento, instituições de ensino no mundo todo estão começando a remodelar atividades em sala de aula e ambientes virtuais de aprendizagem (AVA ou LMS, na sigla em inglês) para se adequar à tecnologia.

Como enfrentar o ChatGPT na educação

O primeiro passo é entender que a transformação digital provocada pelo ChatGPT não é inimiga. Pelo contrário: ela é a maior aliada rumo à educação do futuro. Basta utilizá-la da maneira correta.

Muitos professores já estão experimentando o ChatGPT (e a versão atualizada, GPT-4), reconhecendo que o software pode ser uma ferramenta útil para preparar os alunos para o mundo real, onde o pensamento crítico é mais importante do que a capacidade de memorização.

A tecnologia tem o potencial de liberar os educadores para tarefas mais estratégicas“, explica Isabella Stulp, CEO e co-founder da Realize, ferramenta para produção ágil e escalável de materiais didáticos. Por exemplo: o ChatGPT pode elaborar exercícios e resumos de conceitos em um curto período de tempo. Sua utilização também pode ser útil na estruturação de roteiros de videoaulas que permitam maior interatividade com quem está consumindo, além de auxiliar no desenvolvimento de abordagens inovadoras e na elaboração de planos de aula personalizados.

Quer um exemplo? Pedimos ao ChatGPT ideias sobre como ensinar sobre a Teoria da Escola de Frankfurt para alunos do curso superior de Publicidade e Propaganda. Na sequência, detalhamos a ordem: solicitamos que dissesse como tornar o tema claro e compreensível a partir da publicidade e da perspectiva de igualdade de gênero. Ainda estamos chocados com o resultado – leia no print abaixo.

Essa é apenas uma amostra de como a IA generativa pode ajudar a facilitar a rotina de quem se dedica a ensinar. Uma grande parte do tempo de um professor é direcionada para a produção de conteúdo educacional. Isso não deixa muito espaço para personalizar a experiência do aluno.

Ao oferecer um conteúdo individualizado, é possível aumentar a satisfação do estudante e, ao mesmo tempo, incrementar a competitividade dos preços. “Fazer uso da tecnologia para ganhar tempo é mostrar que você realmente se importa com a jornada do aluno”, garante Isabella, da Realize.

Certamente, nem todas as promessas e apostas sobre a IA generativa vão se concretizar. Mas se metade delas realmente acontecerem, já será vantagem. A seguir, deixamos algumas ideias sobre o que fazer com o robô virtual na hora de criar materiais didáticos de impacto.

  • Gerar insights para elaboração de planos de aula e outras atividades.
  • Ajudar com o design de perguntas de questionário e materiais gráficos.
  • Personalizar aulas de acordo com as necessidades específicas de cada turma.
  • Fornecer feedback gramatical ou estrutural sobre trechos em escrito.
  • Desenvolver conteúdos programáticos para instruir o aluno.
  • Criar exemplos de problemas matemáticos, equações químicas, etc., com explicações de cada passo.

E aí, ficou convencido de que a IA pode facilitar a vida dos professores? A Realize é uma plataforma de gestão de produção e criação de materiais didáticos online interativos, acessíveis e responsivos, que conta com uma ferramenta de geração de conteúdo por IA. Clique aqui para agendar uma demonstração e descobrir como a Realize pode transformar o seu processo produtivo!